A guerra contra o Brasil

Ementa do Curso

O Brasil apresenta, no curso de sua história, movimentos pendulares ora reafirmando sua autonomia nacional por breves períodos, ora se colocando de modo submisso em relação a dominação política e econômica dos Estados Unidos o que tem sido a regra.

O presente curso examina como se constitui o tipo singular de imperialismo americano, “soft” e cultural, no começo do século XX e explica como se realiza a aliança das elites americanas e brasileiras em prejuízo de seus respectivos povos.

A semelhança de fundo entre os dois países, que permite o compartilhamento de táticas antipopulares, é sua herança escravocrata comum que possibilita o uso, tanto aberto quanto mascarado, do racismo em suas várias formas: enquanto racismo cultural, de classe e acima de tudo de raça.

Fundamental para a compreensão desta herança comum é a construção de uma falsa “ciência” que exalta os americanos como modelo de honestidade e inteligência e constrói o brasileiro “vira-lata” percebido como preguiçoso e corrupto. Com o tempo, as elites brasileiras se apropriam e se identificam com o mito da supremacia americana para sua utilização interna contra o próprio povo.

Como estas ideias dominam as universidades, a imprensa, o cinema e as artes em geral, abre-se caminho para a construção de um povo sem autoestima que se reconhece como inferior e aceita ser explorado e humilhado. Este “racismo cultural” adquire formas políticas, econômicas e culturais que mudam no decorrer do tempo e se adapta a cada período histórico.

Nas últimas décadas, o “racismo cultural” se faz acompanhar também de formas abertas de racismo de classe e de raça. A atual hegemonia da extrema direita nos EUA e no Brasil, usa os racismos de todos os tipos para propiciar um tipo de dominação social e política abertamente baseada no ódio e no ressentimento manipulado por meios científicos.

O curso analisa a construção de cada um destes racismos e sua utilização atual para a construção de uma nova forma de dominação política tanto nos EUA quanto no Brasil. Seu inimigo não é mais a “esquerda” ou o “comunismo”, mas o consenso democrático construído pelas lutas sociais dos últimos 200 anos: os direitos dos trabalhadores, das mulheres, das minorias oprimidas, da proteção ao meio ambiente e da própria noção de direitos individuais.

O argumento construído acima será desenvolvido em três aulas:

1. A construção da ideologia racista do imperialismo informal americano;

2. A elite colonizada brasileira e sua estratégia: a transformação do racismo em moralismo;

3. As metamorfoses do neoliberalismo e a criação da “guerra entre os pobres”.

Aspectos técnicos

As aulas serão transmitidas pelo Google Meet. As instruções para o acesso serão enviadas por e-mail dois dias antes do início do curso. Se você se inscrever nos últimos momentos, receberá essas instruções no dia da primeira aula.

Nossas aulas são transmitidas ao vivo, mas são também gravadas e podem ser assistidas posteriormente. Os links dos vídeos ficam ativos por 30 dias corridos a partir do fim do curso. Oferecemos certificado apenas para quem tiver 75% de presença nas aulas ao vivo.

Para mais informações: [email protected]