Rebeldia e cura em Gloria Anzaldúa e bell hooks

CURSO MINISTRADO POR: Susana de Castro

VAGAS: Fora

CARGA HORÁRIA: 8h

DIAS DO CURSO: 26, 27, 28, 29/07/2022 - 19h

 

Neste curso veremos de que maneira tanto a feminista chicana queer Gloria Anzaldua (1942-2004) e a feminista negra bell hooks (1952-2021) desenvolvem em suas obras propostas semelhantes de libertação individual e coletiva da opressão racista e homofóbica colonial.

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Ementa do Curso

Each time a woman begins to speak, a liberating process
begins, one that is unavoidable and has powerful political
implications. (Mariana Romo-Carmona)[1]

Neste curso veremos de que maneira tanto a feminista chicana queer Gloria Anzaldua (1942-2004) e a feminista negra bell hooks (1952-2021) desenvolvem em suas obras propostas semelhantes de libertação individual e coletiva da opressão racista e homofóbica colonial. Para ambas a emancipação começa com a descolonização do pensamento. Considerando o poder do imaginário racista hegemônico, a insubordinação às normas e regras da cultura/grupo ao qual se pertence, muitas vezes implica em sofrimento e isolamento para o sujeito, etapa necessária para a construção de uma perspectiva própria imbrincada politicamente com as questões sociais e coletivas (processo chamado de ‘auto-história’ por Anzaldúa). Recorrendo à mitologia asteca, hindu e budista, Anzaldúa mostra como a ‘cura’ para o medo e insegurança provocados pela violência do assédio moral da cultura racista e homofóbica, depende da capacidade individual de recomposição do ego através do recurso, entre outros das imagens resgatadas das fraturas do inconsciente coletivo (cenote). Ambas acreditam na possibilidade de confronto, de devolução do olhar objetificante e dessubjetivante da cultura racista e patriarcal sobre corpos racializados, através da construção de alianças e de novas narrativas. Se para bell hooks a cura pela dor, sofrimento e alienação dá mulher negra se dá pelo amor, para Anzaldúa se dá pelo espírito. Ambas propõem, portanto, um novo modelo e metodologia para o ‘pensamento’ crítico, um modelo calcado no corpo, corpo físico e corpo espitritual.

  1. Aula: imaginação e espiritualidade em Gloria Anzaldúa
  2. Aula: (auto) história e aliança em Gloria Anzaldúa
  3. Aula: rebeldia e insubordinação em bell hooks
  4. Aula; amor e liberdade em bell hooks

Bibliografia:

ANZALDÚA, Gloria. Bordelands/La Frontera. The New Mestiza. São Francisco ; aunt lute books, 2012.

ANZALDÚA, Gloria. Light in the Dark. Luz en lo oscuro. Duke University, 2015 (organizado postumamente por AnaLouise Keating)

ANZALDÚA, Gloria. A vulva é uma ferida aberta & outros ensaios. Trad. Tatiana Nascimento. Rio de Janeiro: A Bolha, 2021.

hooks, bell. Olhares Negros, raça e representação. Trad. Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019.

hooks, bell. Ensinando a transgredir. A educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

hooks, bell. Tudo sobre o amor. São Paulo: Elefante, 2021

hooks, bell. Talking back – thinking feminist, thinking black. Nova Iorque, Londres: Routledge, 2015

 

Ministrado por

Susana de Castro

Doutora em Filosofia pela Universidade de Munique e professora associada do Departamento de Filosofia e do programa em pós-graduação em Filosofia da UFRJ.

Aulas

AULA 1
Data: 26/07/2022
Horário: das 19h às 21h

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AULA 2
Data: 27/07/2022
Horário: das 19h às 21h

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AULA 3
Data: 28/07/2022
Horário: das 19h às 21h

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AULA 4
Data: 29/07/2022
Horário: das 19h às 21h