A mulher do povo: faces de Pagu

Ementa do Curso

O curso pretende abordar, de forma panorâmica, a obra literária e crítica de Patrícia Galvão, a Pagu, intelectual que surge na cena pública a partir de sua atuação junto ao movimento modernista de primeira hora. Ao longo de sua trajetória, Pagu se expressa crítica e artisticamente sob diversos pseudônimos – a começar pelo nome artístico mais célebre, um apelido -, que se associam à diversidade de suas atividades: ela é poeta, cartunista, tradutora, crítica de arte, romancista, militante, jornalista. A cada aula, comentaremos algumas das faces de Patrícia Galvão, sempre por meio da leitura de fragmentos de suas obras que, embora marcadas pela diversidade, têm em comum o compromisso com uma sociedade mais justa.

Aula 1 – O aparecimento de Pagu na esfera pública: panorama sobre o modernismo brasileiro da década de 1920 e as relações de Patrícia Galvão com o movimento.

Aula 2 – Pagu pelos outros, Pagu por si (o modernismo, ainda): poemas e desenhos de/sobre Patrícia Galvão nas décadas de 1920 e 1930; a coluna jornalística “A Mulher do Povo”. Comentários sobre a atividade jornalística e crítica da autora nas décadas de 1940 e 1950.

Aula 3 – Romance, política e a questão das mulheres: uma conversa sobre o romance Parque Industrial (1933), em que a autora focaliza as trajetórias de mulheres trabalhadoras na cidade de São Paulo.

Aula 4 – A autobiografia precoce: comentário sobre a autobiografia elaborada por Patrícia Galvão na década de 1940. Profundamente marcado pelas inúmeras prisões a que a autora foi submetida em decorrência de sua militância política, o texto também traz reflexões sobre o primeiro período modernista e outros momentos históricos, sempre por meio da perspectiva biográfica da artista.

Indicações bibliográficas

Além das obras de Patrícia Galvão, recomenda-se a consulta à edição Pagu: vida e obra (São Paulo: Companhia das Letras, 2014), organizada por Augusto de Campos. Outras indicações bibliográficas serão dadas durante os encontros. Lembramos que a leitura das obras de Pagu não é obrigatória para acompanhar o curso.